Pequena crônica para homenagear minha poeta preferida
Kate Weiss
Comprei hoje o novo livro da minha poeta preferida, (poeta sim, porque não vejo o porquê ser poetisa se somos poetas iguais e com os mesmo direitos que nossos amigos homens).
Martha Medeiros a quem tive a honra de conhecer pessoalmente. Identifico-me com ela, com a maneira simples dela ser e de escrever. Abri assim o novo livro: Martha Medeiros - Coisas da vida
( compre também você vai adorar lê-la) e na página 126 numa das irretocáveis crônicas ela diz assim:
"... Pré-adolescentes, ainda cheirando a Danoninho, beijam três, sete, nove, numa única festa e voltam para casa tão solitários quanto saíram.
Dois estranhos transam depois de uma noitada num bar - não raro no próprio bar- e despedem-se mal lembrando o nome um do outro. Quanto mais rápidos no ataque, quanto mais vorazes em ocupar as mãos, bocas, corpos, menos espaço haverá para a intimidade, que é uma coisa bem diferente... "
Queimar etapas, em minha opinião é, na idade adulta como na infância, muito ruim, perdemos coisas tão belas, conhecendo na intimidade a pessoa amada, sem antes como se diz hoje:
"come-la" quando ouço essa expressão me passa a impressão de que Fulano vai literalmente "canibalizar" a outra pessoa.
Sei lá posso estar errada mas eu concordo com o que a Martha Medeiros fala, o amor para mim não começa no sexo, o sexo sim começa pelo carinho, pelo conhecimento e pelo amor .