Kate Weiss - Design e Poesia

Capa

Meu Diário

Textos

Áudios

E-books

Fotos

Perfil

Livros à Venda

Prêmios

Livro de Visitas

Links


Textos

img166/5299/cemitsp1.jpg

      

      A capa
      ®Kate Weiss
 

Nos bares da vida por onde andava bebericando, sempre ele "botava" aquela pose de machão, sem medo de ninguém e nem de nada. Naquela noite, alguns dos seus colegas o desafiaram a entrar lá pela meia noite no cemitério. A noite estava fria, chuvosa e ele usava uma capa de gaúcho comprida até as botas.

Meia noite, o gaúcho adentrou o cemitério e ficou por lá passeando, ia até um túmulo  e depois a outro , e com a lanterna lia os nomes das pessoas enterradas ali. Medo era uma palavra que não fazia parte do seu vocabulário. Lembrava-se que os avós contavam que há muito tempo um  cara morreu de susto quando uma "alma penada" puxou-lhe a ponta da capa, mas ele não, jamais teria medo de quem já morreu. E assim pensando, sentiu um pequeno arrepio nas costas, mas não deu "pelota". Ali adiante viu uma pequena cruz de madeira caída, pensou consigo:

- Oh  deve ser o túmulo de uma criança vou pegar a cruz e recolocá-la de pé e enfiou a cruz deixando novamente em seu lugar.

Levantou e ia seguir seu caminho, novamente entre as tumbas, quando sentiu um puxão na sua capa vindo do sepulcro.

As histórias contadas na infância se passaram em sua mente em segundos tal qual um filme. Na manhã seguinte, o zelador do cemitério encontrou o homem morto, com os olhos esbugalhados de horror, ao lado do pequeno túmulo de terra:  a ponta da cruz ao ser enterrada,  havia engatado na ponta da sua capa.

Kate Weiss
Enviado por Kate Weiss em 16/08/2007
Alterado em 16/08/2007
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Site do Escritor criado por Recanto das Letras